Conforme informa Aldo Vendramin, o crescente interesse por alimentos orgânicos e sustentáveis tem impulsionado os produtores a adotarem práticas agrícolas mais responsáveis, com destaque para o uso de biofertilizantes. Esses produtos, que não contêm substâncias químicas, oferecem uma alternativa eficaz e ecológica para a nutrição do solo e das plantas.
Veja aqui como garantir a certificação orgânica para sua produção, com foco no uso de biofertilizantes e nas práticas agrícolas sustentáveis exigidas pelas normas de certificação.
Quais são os principais requisitos para obter a certificação orgânica?
A certificação orgânica exige que a lavoura siga um conjunto de práticas agrícolas que garantam a produção livre de produtos químicos e com um impacto mínimo no meio ambiente. Para que um produtor obtenha o selo de orgânico, ele precisa comprovar que está utilizando métodos sustentáveis, como a rotação de culturas, o uso de compostagem e, especialmente, biofertilizantes, que são uma alternativa natural aos fertilizantes químicos.

Além disso, como considera o empresário Aldo Vendramin, é fundamental que o produtor demonstre a rastreabilidade de sua produção, ou seja, a capacidade de comprovar a origem e o manejo de todos os insumos utilizados. Isso inclui o controle rigoroso sobre o uso de sementes, equipamentos e até mesmo a armazenagem dos produtos, para garantir que não haja contaminação por substâncias químicas proibidas.
Como os biofertilizantes ajudam no processo de certificação?
Os biofertilizantes são uma peça-chave na obtenção da certificação orgânica, pois são naturais e promovem a saúde do solo sem o uso de produtos químicos sintéticos. Eles são compostos por microorganismos, como bactérias e fungos, que enriquecem o solo, melhoram a sua estrutura e aumentam a absorção de nutrientes pelas plantas. Ao adotar biofertilizantes, os produtores atendem a um dos requisitos mais importantes da certificação orgânica: a manutenção da biodiversidade e a fertilidade do solo de maneira sustentável.
Ademais, como aponta o senhor Aldo Vendramin, o uso de biofertilizantes pode contribuir para a redução dos custos de produção, uma vez que eles são frequentemente mais acessíveis do que os fertilizantes químicos convencionais. Isso pode ser uma vantagem para pequenos e médios produtores que desejam obter o selo orgânico sem comprometer sua viabilidade econômica. Porém, é importante que os biofertilizantes utilizados sejam adequados às exigências das certificadoras.
Quais são os desafios enfrentados durante o processo de certificação?
Apesar dos benefícios, o processo de certificação orgânica pode ser desafiador, especialmente para aqueles que estão começando a adotar práticas agrícolas sustentáveis. Um dos principais obstáculos é o tempo necessário para transitar de uma produção convencional para uma orgânica. Como menciona Aldo Vendramin, esse processo pode durar até três anos, dependendo da extensão da área e das práticas anteriores utilizadas.
Outro desafio é a necessidade de manter uma documentação detalhada e precisa sobre todas as operações realizadas na propriedade. Desde o uso de biofertilizantes até as práticas de cultivo e controle de pragas, tudo deve ser registrado e auditado. Isso exige uma organização minuciosa e um compromisso com a transparência, o que pode ser difícil para produtores sem experiência no processo de certificação.
Conclui-se assim que, obter a certificação orgânica para uma lavoura é um processo que exige dedicação, conhecimento e adesão a práticas sustentáveis. O uso de biofertilizantes desempenha um papel crucial nesse processo, pois contribui para a saúde do solo e das plantas. Para Aldo Vendramin, ao seguir as diretrizes de certificação e adotar práticas agrícolas responsáveis, os produtores podem garantir um selo orgânico para sua produção e conquistar um mercado cada vez mais exigente e consciente.
Autor: Igor Semyonov